O sistema de suspensão é um agente fundamental no que respeita à segurança ativa do automóvel. É formado por vários elementos flexíveis que estabelecem a ligação entre os pneus e os eixos com as partes do veículo que não estão em contacto com o solo.
A função deste sistema é absorver as irregularidades do terreno, manter o contacto entre o veículo e o solo, garantindo o bem-estar dos ocupantes.
Um sistema de suspensão cuja manutenção não seja feita devidamente, pode levar a diversos cenários, como por exemplo fazer com que um automóvel saia da via, ainda que os pneus se encontrem em bom estado. Apesar de o bom funcionamento deste sistema ser essencial, 10% dos chumbos nas Inspeções Periódicas Obrigatórias dão-se devido ao mau estado da suspensão
O grau de desgaste do sistema de suspensão está relacionado com o uso que damos ao sistema.
Ao contrário do que acontece com outros sistemas do veículo, no caso da suspensão não existe um manuseamento direto do condutor. A ação dos travões ou a mudança de direção, por exemplo, são diretamente acionadas pelo condutor e, embora o mesmo não aconteça com o sistema de suspensão, há estilos de condução que levam ao envelhecimento prematuro dos elementos que constituem o sistema. Passar por uma irregularidade do terreno a grande velocidade ou fazer de conta que estamos num rali, conduzindo numa estrada esburacada, equivale a esmagar as molas e os amortecedores, o que põe em risco a integridade do veículo e dos seus ocupantes
A única manutenção possível ao sistema de suspensão é a revisão dos elementos que o constituem para que, na altura devida, se proceda à sua substituição. Naturalmente, com o avanço da tecnologia do universo automóvel, a técnica utilizada no passado para verificar o estado do sistema de suspensão (fazer pressão no capô e ver se este, ao descair, volta a erguer-se) caiu em desuso. Os sistemas de suspensão atuais são fabricados com um tipo de resistência impossível de verificar manualmente, motivo pelo qual devem ser inspecionados numa oficina a cada 20.000 quilómetros, já que a vida útil dos seus componentes ronda os 60.000 a 80.000 quilómetros.